20.4.07




Um "bom dia", um "muito obrigado", um "por gentileza, você primeiro". "Bondade sua", "agradecida", "Deus lhe pague". "Eu faço, pode deixar", "tudo vai dar certo", "está ótimo!", "parabéns!", "graças à Deus".

"Como está se sentindo?", "eu posso ajudar", "quer que eu lhe atravesse?". "Que bom que você veio!", "grato", "eu fico para você", "eu te escuto, pode contar", "é claro que eu posso!", "não se preocupe", "será uma alegria, uma felicidade, um prazer!".

"Eu busco, eu pego, eu vou, eu abro." "Não precisa temer." "Estarei sempre aqui." "Rezarei por você." "Conte comigo."

Gentileza. O mundo necessita urgentimente de gentileza. Que nada mais é que caridade, AMOR ao próximo, ao nosso semelhante, ao nosso irmão. Boa vontade, desprendimento, generosidade. Bons sentimentos. Anular-se muitas vezes para que o outro seja edificado. Abrir mão. Ceder.

Sem martírios e sacrifícios. Apenas OFERTANDO amor simples, sincero, verdadeiro, despretencioso. Amigo. Mi-se-ri-cor-di-o-so.

Precisamos ser "um por todos, e todos por Um". Antes que a Justiça venha, seria uma graça sem medida que a Misericórdia viesse primeiro. "Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça".

18.4.07


Bebê anencéfalo completa 5 meses e recebe alta (18/04/2007)


Marcela de Jesus Galante Ferreira passou no teste do uso do concentrador de oxigênio elétrico, e ontem, ao completar 143 dias de vida, ganhou alta da pediatra Márcia Beani. A menina poderá trocar o quarto 13 da Santa Casa de Patrocínio Paulista por uma residência assim que sua mãe, Cacilda Galante Ferreira quiser. Ao se adaptar ao concentrador, Marcela não precisará usar mais o “torpedo” de oxigênio que dura apenas 24 horas e custa R$ 35,00 a carga. Além disso, fora da vigilância dos enfermeiros, o concentrador é mais seguro. A família está reformando uma casa a um quilômetro do hospital e poderá ocupá-la na próxima semana. Marcela está pesando cinco quilos, medindo 58 centímetros e se alimenta com leite em pó e papinha de beterraba com mamão.A pediatra Dra. Márcia Beani Barcellos, da Santa Casa de Patrocínio Paulista afirma nunca ter conhecido caso semelhante ao da bebê Marcela de Jesus Ferreira, que mesmo sem parte do cérebro, chegou aos cinco meses de vida e recebeu alta hospitalar nesta quarta-feira, no interior de São Paulo. Marcela tem o quadro de saúde estável e vai completar cinco meses no próximo dia 20. Marcela nasceu com apenas uma parte do tronco cerebral, que compõe o sistema nervoso central e é localizado no início da coluna cervical.Segundo a pediatra, a menina passa bem e continuará recebendo os cuidados de rotina em casa. A Prefeitura do local alugou o aparelho que permite a respiração do bebê.


Neste domingo será lido nas Igrejas de Patrocínio Paulista um diário escrito pela mãe de Marcela. A Cidade publica, com exclusividade, os principais trechos, uma pregação contra o aborto:


"Tudo começou quando fiz um teste de farmácia e deu positivo. Fiquei tão feliz que até chorei. Tenho duas lindas e abençoadas filhas já moças (Débora, 18, e Dirlene, 14) que ficaram contentes também. Fui ao médico, fiz exames e iniciei o pré-natal. Tudo ia bem até que um dia o médico pediu um ultra-som. Depois desse exame ele não falou mais comigo. Só contou para o meu marido. Fiquei sabendo depois.Fiquei triste mas aceitei de coração. Fui a outro médico e ele confirmou o diagnóstico de que meu amado bebê era anencéfalo (não tinha cérebro). Que ao nascer não sobreviveria. Ele me deu uma semana para pensar se iria continuar com a gravidez. Respondi que não precisava de tempo para praticar uma crueldade tão grande como a de matar aquela criaturinha tão pequenina e inocente. Chegou o dia do meu pequeno grande milagre vir ao mundo. Me internei às 7h da manhã (dia 20 de novembro) fiquei tranqüila, pedindo ao Senhor para ser mãe desta preciosidade. E logo ela nasceu. Uma gracinha, minha pequena Marcela de Jesus, uma homenagem ao nosso querido padre Marcelo, de quem gosto muito. Ela não é minha e sim de Jesus. Vou cuidar dela até que Ele venha levá-la de mim. Logo após o nascimento, ela foi batizada pelo diácono Fábio Costa. Minha fofinha, a menininha tão pequenina e frágil, hoje forte e muito amada por todos. Marcelinha veio ao mundo para tocar em muitos corações e para mostrar o verdadeiro sentido da vida. Como podemos ficar reclamando tanto de nossas vidas se somos perfeitos?)”.


O bispo emérito de Franca, Dom Diógenes Silva Matthes, pediu a proteção de Santa Gianna contra o aborto no Brasil. E acrescentou “que essa filha de Deus, Marcela de Jesus, interceda pela vida dos fetos para que todos possam nascer e não serem abortados”. A manifestação de Dom Diógenes está na página sete da edição de abril do Boletim Diocesano. Ainda sobre Marcela, o bispo emérito lembrou que estava escrevendo “no centésimo décimo quarto dia do nascimento de Marcela de Jesus”. Cita que “a menina, batizada, estará sempre à espera da volta pessoal de Jesus, lembrando-nos a todo momento que sua vida precária é dom divino e somente quem fez o dom pode exigi-lo de retorno, acrescido de méritos contabilizados na vida eterna”. Dom Diógenes é conhecido por sua radical posição contra a aprovação da lei do aborto.


Fonte: Jornal A Cidade/ cancaonovanews.com
..................................................................................
Que insensibilidade é essa pelo outro que nos faz permitir crimes na tentativas de justifícá-los com razões egoístas, buscando um comodismo alienado, cortar o que jamais poderá ser mal pela raiz??? Deus nos fez BONS como está lá em Gênesis. Precisamos resgatar essa bondade genuína. Urgentemente precisamos amar ao próximo, mesmo que este próximo mude totalmente sua vida. O individualismo é a linguagem de Lúcifer, não podemos ser assim tão desprovidos de generosidade. O pão precisa ser NOSSO, senão não será de ninguém. Ir para o Céu sozinho deve ser chato, e uma situação certamente improvável. Precisamos amar mais o nosso semelhante, pois ele é um milagre da Vida. Milagre generoso de Deus. Não, isso não pode estar acontecendo. Não podemos aceitar essa atitude contra nosso semelhante. È uma vida. Uma vida. Que merece respeito. Ao menos respeito.
Jesus de misericórdia, dá nos a graça do bom conselho, para que possamos ser a palavra certa, a Sua Palavra Certa, no momento em que a dúvida atormentar o nosso próximo. Maria Santíssima, seja nossa advogada junto ao Teu Santo Filho, nosso Redentor. Santa Gianna, rogai por nós. Amém.

14.4.07



Pra ser levada em conta (Vander Lee)

Vem me ver

Vem juntar seu calor ao meu

Não te quero ter

Só nos finais de semana

Os meus dias

De feira também são seus

Vem viver

Corre pra nossa cabana

Faço de conta que sou levada

Pra ser levada em conta

É pra janela do seu olhar

Que o meu destino aponta

Vem

Põe o moleton

Prova meu baton

Minha companhia

Dobra a calça jeans

Rega meu jardim

Colore meu dia

4.4.07


Penso que queria ser mais sensível,
fraquinha, "aquela" que precisa ser tratada com zelo e mimo. Às vezes, só ás
vezes
, penso isso. Porque vejo que pessoas assim são poupadas a todo
momento, até quando não precisa. Sabe aquela cena da mulherzinha frágil que
desmaia por uma notícia impactante? Então. às vezes queria ser essa mocinha, a que desmaia.


A que enjoa, a que perde a fome porque viu um suposto cabelo na comida, aquela que é alérgica, que tem falta de ar, que não consegue abrir a lata de palmito, que não levanta da cama para tomar água, aquela
delicada dama que precisa ser abanada porque está calor.


Eu não me poupo, e ninguém me poupa. Em
nada. Às vezes uma namorado, um pretendente. Tá certo que eu bloqueio algumas tentativas, talvez por falta de costume. Talvez porque não queira abusar.


A todo instante estou no meio de tudo, e isso tem me sobrecarregado bem ultimamente. O dia termina e eu só queria poder ficar quieta, quietinha comigo. Ou numa sala de cinema: eu e o filme. Lá a gente se projeta alí.

Ou dançando, dançando, dançando. Como se alí a vida ficasse mais leve.

Porque a vida não é leve, convenhamos. A todo dia penso na minha responsabilidade com a vida: a minha e a dos outros. Não sei pensar isolado, nem limitado. Sou demasiada extensa pra isso.

Uma vontade de chorar, mas não me sinto no direito para tanto. Porque chorar é uma maneira de descontrole. Embora muita gente proclame que chorar faz bem, e faz muitas vezes, mas chorar é para quando não estamos focados, pensando, colocando as idéias em ordem. E se eu perder o controle, meu bem, não irei acrescentar em nada pra ninguém, me acredite. Não ando podendo perder a cabeça, me entendem? Um saco não poder ser irresponsável! Era tão bom e eu não sabia... Benditas as criancinhas.

Chorar é para tragédia, e não porque se está sufocada. Porque aquela música tinha que ter esse trecho: "lágrimas são suor de almas que lutam só, só Deus pode entender o que lhe causa dor..."??? Vou te contar, viu! Eu meto as coisas na cabeça e elas ficam lá, martelando. Por causa desse trecho não me sinto mais no direito de chorar porque estou em algum tipo de limite, ou pré-limite, ou potencialmente limite. Eu tenho uma relação com Deus divertida, penso. Porque me pélo de medo de chateá-Lo, de não ser o que Ele quer, de agir de maneira que não O agrade. E conflitantemente sei que vacilo a todo momento.

Trabalhosa relação de amor essa. Ter certeza de que esperam algo de você não é uma sensação muito confortável, não.

Mas não posso ser reclamona, porque não saberia ser morna. Não sou morna, não tenho como.

Ser dessas pessoas que estão a passeio pelo vida me inerva só de pensar.
Como assim? Tanto a se fazer e tem gente que não reflete sua existência?!! Demais para mim. Eu, a que vivo de boa intenção.


Tenho uma missão chata, excessivamente: amenizar minhas expressões faciais. Não riam, é sério. Eu pareço que vou matar uma pessoa com minha expressão, quando na verdade tudo está na mais perfeita normalidade para mim, internamente. Mas a pessoa sai achando que eu sou a pior pessoa do mundo por causa da minha expressão. Não aconteceu nada hoje para eu estar dizendo isso, mas é que minha família comenta tanto de "minhas expressões mal interpretadas" que devo levar em conta o coro familiar. Eles me amam, não é mesmo? Muito, tenho certeza. Do jeito deles, porque cada um tem seu jeito de amar mesmo.

Eu tenho "jeitos" de amar que nem de longe parecem gestos de amor, e são.

Então não posso ser reclamona.

Coisa mais chata gente reclamona! Faça-me o favor! E reclama, e reclama, e reclama. E gente que fica presa no passado? Deus meu! E as que além de ficarem presas no passado não mudam nada para melhorar o hoje e o futuro? Uma "nhaca"! Mas são todos meus irmãos em Cristo, então tenho que ter paciência. Difícil é levar a teoria para prática, mas como sou brasileira (...e não desisto nunca), fico sempre nas boas intenções, nas boas vibrações, acreditando que tudo vai ficar bacana em breve.

Pratico com dificuldades ainda a Divina Misericórdia, deu para sacar fácil... Mas o Pai das misericórdias não desiste de mim, e nessa verdade está minha confiança. Eu tenho jeito, porque Deus não desiste de mim. Ele me mergulha lá dentro Dele, e me transforma. Assim seja. O mergulho precisa ser fundo - apenas um comentário breve.

Ai que saudade do Dé!!! Ontem, assistindo "Terapia do Amor", depois a músiquinha da "Bolha de Sabão" que o Babado Novo cantou na final do Big Brother, ai, ai... somos essencialmente sentimentais, de fato. Eu sempre tenho essas recaídas, e cogito, em frações de segundos, uma nova chance. Mas volto a razão e penso em outra coisa, em como o Alemão realmente é lindo, por exemplo. Sorte da surreal Siri. Boazinha a menina. Mas caricata demais, me irrita um pouco. Gente boa, tá na cara dela. Mas a surrealidade dela enjoa um bocadinho. Mas tá lá a lesada com o Alemão, veja essa vida... Na verdade falar dessa superficialidade (por não conheço esses dois desconhecidos além de algumas bisbilhotadas no programa) me traz ao bom senso que o que vale é o coração. Qualquer julgamento cai por terra quando o coração está dando as cartas.

Hoje o Dé é muito mais bonito que o Alemão pra mim.

Numa dessas conclusões minhas fico vulnerável, e quando retomo a razão, percebo que minhas divagações sobre o comportamento humano servem para todos, menos para mim. Mas tenho certeza que não sou hipócrita. Mas, poxa, vacilo. Dou minhas vaciladas.

Servem para atormentar meu bom senso, isso sim, essas tais divagações.

A gente pensa demais, não acham? Ter um botãozinho de liga e desliga seria positivo.

Ai que saudade d´ocê, preto. Toda vez a gente com esse problema de comunicação que cansa. Eu por falta de saco, e projetando lá na
frente, recuo. E você, que "não pode ser contrariado", emburra. O bom é que passa. Graças à Deus. É o seu escapulário, sempre na sintonia do meu.


Ando querendo te explicar, com remorço, mas não estou ainda muito certa se esta é uma boa hora, ou uma interferência proveitosa. E se você bagunçar meu coreto? Não tenho saco, não tenho. E se eu bagunçar o seu? Definitivamente não quero isso. E se for de Deus isso? E é aí que eu baqueio.

Adoraria ver você carrancudo agora, sem querer ceder, emburrado. É tão bonitinho, porque passa rápido.

Gente emburrada, por um pequeno período, é tão bonitinho! Eu acho um encanto! Coisas de Melissa Casale.

Quer saber, nada de nada hoje, nem filme, nem relatório, nem planilha, nem love. Vou dormir. Isso mesmo, às 20h14. Será que vou acordar às 03hs??!!!! Vou dormir pra ver.

Dé: sem brabeza. Porque eu já tô brava. Dois bravos não vai prestar. Como diz a boa e velha educação: as mulheres primeiro. Eu posso. Você cede. Simples assim. KKKKKKKKKKKKK!!!

(Feio esse montão de KKKKKKKKKKKKKK. Mas deu vontade. A gente fica de mal gosto às vezes. O que não póde é reprimir, porque seria ditadura. Mas ficou de mal tom esses "kas", isso ficou. Mas deixa ele aí, para registrar que às vezes sou assim: comum. Da massa.)