14.8.10


Hoje o Pe. Paulo Monteiro de Carvalho (http://perseveranza.blogspot.com), me fez refletir sobre PONTUALIDADE. Eu, infelizmente, tenho imensa dificuldade em respeitar horários, sempre tive. Nunca gostei de cobrança, pressão, e sempre deixei isso claro à todos. Na verdade ninguém gosta, é certo, mas algumas pessoas sabem lidar melhor com essas situações. Sempre disse: vão na frente, é melhor, não me apressem. Mesmo entendendo que todos querem sair juntos, fico tão tensa e agoniada em saber que tem pessoas me esperando que me esquivo com essa liberação. Já lí muitos livros que falam a respeito, especialmente os corporativos, mas as palavras do Pe. Paulo me chacoalharam. Ele coloca que A PONTUALIDADE É QUESTÃO DE VIRTUDE! Que não é "solamente" cultural, como muitos dizem. Que a pontualidade está lado a lado da virtude da ORDEM. "não é questão de cultura, nem questão de estilo, nem questão de modo de ser: é questão de defeito, de um defeito da personalidade". DEFEITO. Defeito, queridos. Para a garota aqui, escutar que possui um DEFEITO de personalidade, uma falta de VIRTUDE, ahhhh... calou lá no fundinho do meu ser. " se não somos pontuais faltamos a caridade com quem está nos esperando; complicamos a nossa vida tendo que espremer algumas tarefas do dia ou atrasando todas as outras;- andamos correndo de um lado para o outro apagando incêndio continuamente;- vivemos aflitos e afligimos os outros".



Pe. Paulo aponta as "Causas das nossas impontualidades":


NÃO SABER DIZER NÃO. Para ser pontual é precisar dizer “não” muitas vezes por dia. Dizer não para aquela olhada a mais no espelho, dizer aquela "bicada" a mais no jornal, dizer não para aquele “click” a mais no computador, dizer não para aquela conversa que está se alongando no telefone, etc, etc.

MOLEZA. A pessoa impontual, via de regra é uma pessoa mole: de caráter (não sabe dizer “não”) e/ou mole fisicamente, isto é, faz as coisas lentamente. Para sermos mais pontuais precisamos lutar para sermos mais rápidos, mais ágeis nas coisas. E sempre se pode melhorar neste aspecto.


NÃO PREVER AS COISAS COM ANTECEDÊNCIA. Não pensa com antecedência o que precisará levar para a escola, para o trabalho, para uma viagem e se atrasa recolhendo-as de última hora. Não pensa com cuidado no tempo que vai levar para chegar no destino, no tempo que vai levar para fazer um trabalho, etc. E, normalmente, não pensa com antecedência quem é avoado e quem é preguiçoso. Mas todos podemos ser menos avoados e menos preguiçosos.


Não nos enganemos: a impontualidade não é um “estilo de vida”.


Que bom seria se todos nós nos esforçássemos para ser mais pontuais. Que paz sentiremos, que alegria daremos aos outros, que eficácia teremos!


Enfim, entedi o porque sou impontual: além de ser MOLE, tenho uma imennnnnnnsa DIFICULDADE EM DIZER NÃO.



A partir de hoje (14/08/2010 - aniversário da Tatinha amada... s2), vou me ESFORÇAR de coração sincero em adquirir esta virtude tão nobre. Meus amigos ainda dirão: como a Mel é pontual! UAU!



Beijocas à todos"

12.8.10


Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco dese decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela. Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você! (Borboletas/ Mario Quintana, 1906 - 1994, poeta, tradutor e jornalista de Alegrete, RS, Brasil)

Desejo primeiro que você ame, e que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim. Mas se for, saiba ser sem se desesperar. Desejo também que tenha amigos. Que mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis. E que pelo menos em um deles você possa confiar - sem duvidar. E porque a vida é assim. Desejo ainda que você tenha inimigos. Nem muitos, nem poucos. Mas na medida exata para que algumas vezes você se interpele a respeito de suas próprias certezas. E que entre eles haja pelo menos um que seja justo. Desejo depois, que você seja útil mas não insubstituível. E que nos maus momentos quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante. Não com os que erram pouco, porque isso é fácil. Mas com os que erram muito e irremediavelmente. E que fazendo bom uso dessa tolerância, você sirva de exemplo aos outros. Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais. E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer. E que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor. Desejo, por sinal, que você seja triste. Não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom. O riso habitual é insosso. E o riso constante é insano. Desejo que você descubra com o máximo de urgência acima e a respeito de tudo que existem oprimidos, injustiçados e infelizes. E que estão bem à sua volta. Desejo ainda que você afague um gato, alimente um cuco. E ouça o joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal. Porque assim, você se sentirá bem por nada. Desejo também que você plante uma semente, por menor que seja. E acompanhe o seu crescimento para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore. Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro. Porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga: "Isso é meu" - só para que fique bem claro quem é o dono de quem. Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por eles e por você. Mas que se morrer você possa chorar sem se lamentar. E sofrer sem se culpar. Desejo por fim que você sendo homem, tenha uma boa mulher. E que sendo mulher, tenha um bom homem. Que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes. E quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor pra recomeçar. E se tudo isso acontecer, não tenho mais nada a lhe desejar. (Desejo/ Victor Hugo - 1802-1885, poeta, novelista e dramaturgo francês)

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional. (Viver não dói/ Carlos Drummond de Andrade)

NÃO É AMOR ATÉ ele dizer que você é linda quando acorda (e beijá-la apaixonadamente para provar). Ele não trocar o seu nome nos momentos de carinho. Vocês dois esquecerem o dia do aniversário um do outro. Você não trocar o dele. Você preferir namorá-lo a ver a novela das 9. Ele telefonar para seu chefe e dizer que você está doente. Você não ficar irritada com a mania que ele tem de beliscar o seu bumbum. Ele conhecer o cheiro do seu perfume. Você dizer que o odeia sinceramente. A sua melhor amiga dizer que você está melhor, radiante, realizada. Vocês fazerem lista de nomes de criança, mesmo que isto esteja nos planos do casal mais para frente. Você mexer no bolso dele em busca de dinheiro trocado e não atrás de vestígios de traição. Ele saber como você gosta do seu café. Você convidar a mãe dele para fazer compras. Ele dar comida ao seu cachorro. Você deixar de acender incenso porque ele não gosta do cheiro. Ele ficar gripado e mesmo assim você gostar da companhia dele. Você não sentir mais nada quando encontra o seu ex. Ele atender o telefonema de sua mãe e conversar animadamente com ela. Ele deixar você dirigir o carro dele. Você trocar o presente que ele deu. Ele trocar o presente que você deu. Você jogar fora aquele sapato acabado que ele não tira do pé. Ele deixar de assistir a Fórmula 1 para ver um filme de amor com você. Vocês dois terem pesadelo na mesma noite. Você tirar férias sem ele e achar horrível. Ele acreditar quando você diz que não sabe dizer rápido qual o lado direito e esquerdo. Você falar sobre a sua infância por duas horas e ele prestar atenção. Ele deixar você ensinar o caminho. Você saber que é ele no telefone mesmo antes de atender. Ele pedir para você olhar na agenda dele.